
E agora tomem lá dois fadunchos de homenagem á minha terrinha ,que já há muito tempo que não me lembrava do quão bela ela é.E quem nao se lembra de ouvir estas obras de Arte??
PS: e até fui eu que tirei estas fotos e tudo.Lindo
Lisboa menina e moça
No castelo ponho o cotovelo
Em Alfama descanço o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençois bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Refrão:
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios sãos as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida
No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que sei inventar
A aguardente de vinho e medronho
Que me faz cantar.
Refrão
Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida
Letra/Música/Arranjos: Miguel Monteiro
Fado do cacilheiro
Quando eu era rapazote
Levei comigo no bote
Uma varina atrevida
Manobrei e gostei dela
E lá me atraquei a ela
Pró resto da minha vida
Ás vezes uma pessoa
A idade não perdoa
Faz bater o coração
Mas tenho grande vaidade
Em viver a mocidade
Dentro desta geração
Refrão:
Sou marinheiro
Deste velho cacilheiro
Dedicado companheiro
Pequeno berço do povo
E navegando
A idade foi chegando,ai!
O cabelo branqueando
Mas o Tejo é sempre novo
Todos moram numa rua
A que chamam sempre sua
Mas eu cá não os invejo
O meu bairro é sobre as águas
Que cantam as suas mágoas
E a minha rua é o Tejo
Certa noite de luar
Vinha eu a navegar
E de pé junto da proa
Eu vi ou então sonhei
Que os braços do Cristo-Rei
Estavam a abraçar Lisboa
Refrão:
Sou marinheiro
Deste velho cacilheiro
Dedicado companheiro
Pequeno berço do Povo
E navegando
A idade foi chegando,ai!
O cabelo branqueando
Mas o Tejo é sempre novo
cortesia de :
Paulo Santos/Carlos Dias
Ah Fadista